No início da noite deste sábado, Israel foi surpreendido por um alerta máximo de segurança. A Força de Defesa de Israel (IDF) confirmou o lançamento de uma série de mísseis balísticos disparados diretamente do Irã em direção ao território israelense. O anúncio veio acompanhado de uma orientação urgente à população civil: entrar imediatamente em abrigos antibombas e permanecer lá até nova ordem. As sirenes de emergência, que já se tornaram um símbolo de alerta em momentos de ataque, estão prestes a soar em diversas regiões do país, enquanto as defesas aéreas israelenses tentam interceptar as ameaças em pleno voo.
Esse episódio eleva o nível de tensão no já instável cenário do Oriente Médio, reacendendo temores de um conflito de maior escala entre os dois países. Embora o Irã e Israel protagonizem há décadas uma rivalidade geopolítica intensa, os ataques diretos são considerados eventos de altíssimo risco — tanto no aspecto militar quanto diplomático. A escalada atual exige atenção redobrada de toda a comunidade internacional, uma vez que envolve atores estratégicos e pode desestabilizar a região como um todo.
Fontes militares israelenses indicaram que a maioria dos projéteis já foi detectada por radares e está sendo combatida pelos sistemas de defesa antiaérea, incluindo o conhecido Domo de Ferro, além de baterias avançadas como o sistema Arrow e o David’s Sling. Ainda não há confirmação sobre danos materiais ou vítimas civis, mas o alerta segue em vigor por tempo indeterminado.
A movimentação intensa de aeronaves de combate e de drones de reconhecimento já foi observada nos céus do país, sobretudo nas regiões central e sul de Israel. O Ministério da Defesa orientou a suspensão de voos comerciais em vários aeroportos, e os serviços ferroviários foram paralisados em Tel Aviv, Jerusalém e Haifa como medida preventiva. A mídia local reporta que áreas públicas foram esvaziadas rapidamente, com famílias inteiras buscando abrigo em estacionamentos subterrâneos, estações fortificadas e estruturas de concreto construídas justamente para esses momentos.
O lançamento dos mísseis acontece em meio a uma deterioração recente nas relações diplomáticas entre Teerã e Tel Aviv. O estopim mais imediato teria sido um ataque aéreo atribuído a Israel contra o consulado iraniano em Damasco, na Síria, no início do mês — evento que resultou na morte de comandantes da Guarda Revolucionária Iraniana. O governo iraniano havia prometido uma resposta “dura e proporcional”, e analistas acreditam que este ataque seja parte dessa retaliação.
Além disso, a situação se insere em um cenário mais amplo de confrontos indiretos que já vinham ocorrendo entre os dois países, por meio de milícias aliadas, ataques cibernéticos e ações estratégicas em zonas de influência como o Líbano, a Síria e o Iêmen. Especialistas alertam que a atual ofensiva pode marcar uma mudança de paradigma, rompendo a lógica de confrontos por procuração e inaugurando uma fase mais direta de hostilidades militares.
Diversos governos internacionais, entre eles Estados Unidos, França e Alemanha, já emitiram comunicados expressando preocupação com a situação e pedindo contenção mútua. O Conselho de Segurança da ONU foi convocado para uma reunião extraordinária. O secretário-geral da organização, António Guterres, declarou estar “profundamente alarmado” e pediu “máxima responsabilidade aos líderes envolvidos para evitar uma guerra em larga escala”.
Já os Estados Unidos, aliados históricos de Israel, afirmaram estar “monitorando de perto” o ataque iraniano e não descartam ações de retaliação caso seus interesses ou tropas na região sejam atingidos. Enquanto isso, a diplomacia internacional busca, com urgência, reabrir canais de diálogo que evitem a propagação do conflito.
Nas cidades israelenses, o clima é de tensão constante. Famílias cancelaram compromissos, escolas estão com aulas suspensas e hospitais estão operando em modo de emergência. Relatos nas redes sociais mostram israelenses em supermercados lotados, tentando abastecer suas casas com água, comida e itens de sobrevivência. Muitos revivem o trauma de conflitos anteriores e relatam o medo da imprevisibilidade de novos ataques.
Em Tel Aviv, uma das cidades com maior densidade populacional do país, o som dos alarmes já ecoava antes mesmo de a confirmação oficial ser divulgada. Em Jerusalém, considerada estratégica por questões religiosas e políticas, a segurança foi reforçada nas imediações da Cidade Velha e de embaixadas.